sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Religião movimenta mercado de produtos segmentados

Além de livros, CDs e DVDs, setor abre espaço para alimentos e itens de decoração
O mercado de produtos religiosos brasileiro mostra um potencial crescente de vendas. O melhor exemplo está no setor fonográfico, com o sucesso dos padres Marcelo Rossi e Fábio de Melo e as cantoras evangélicas Aline Barros e Cassiane. Empresas como Sony Music, Som Livre, MK Publicitá e Paulinas estão entre as principais gravadoras que apostam neste segmento.

Mas não são apenas os CDs e DVDs que ganham popularidade neste mercado. A área editorial também é muito procurada pelos consumidores e disponibiliza diversas obras, além do livro mais vendido e traduzido em todo mundo: a Bíblia. Há ainda outros nichos para investimento, como a produção de alimentos para judeus e produtos ligados a crenças orientais, como Hinduísmo e Budismo.

Após analisar o mercado fonográfico brasileiro durante 10 anos, a Sony Music lançou em 2010 o selo “Gospel” e começou o processo de construção de seu casting nacional. Atualmente, a gravadora conta com 15 artistas e o plano para 2011 é a consolidação no segmento. “Nos Estados Unidos, a Sony Music é a principal gravadora gospel do país. Aqui no Brasil estamos entre as três primeiras em menos de dois anos”, afirma Maurício Soares, Diretor Executivo do Segmento Gospel da Sony Music, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Sony investe no público evangélico

Para alcançar este resultado, a empresa investe na distribuição em canais específicos. Estudando o comportamento do público evangélico, a gravadora compreendeu a importância que as livrarias têm para este tipo de consumidor. O ponto de venda é encarado pelos clientes como verdadeiras “lojas de conveniência”, onde eles encontram não somente livros e CDs, mas também camisas, canecas e objetos para decoração de igrejas e domicílios.

Outra grande aposta da companhia neste ano é a gravação do DVD da cantora Damares de Oliveira, intérprete do álbum “Diamante”, lançado em novembro do ano passado e que vendeu mais de 350.000 cópias. Também está previsto para setembro a produção de um DVD especial em comemoração aos 100 anos da Assembleia de Deus no Brasil, completados em junho, e a produção de materiais de merchandising, como canecas, camisetas e canetas.

Entre os evangélicos, os pentecostais, representados por grupos como a Assembleia de Deus, são os consumidores mais expressivos dos produtos do selo Gospel da Sony. Em sua maioria são pertencentes às classes C e D, que preferem adquirir CDs e DVDs em lojas físicas do que comprar pela internet. Segundo dados da empresa, 95% das vendas do selo Gospel ainda são originadas nas revendas.

Padre cantor desbanca Beyoncé

Os pentecostais não representam somente a maioria entre os consumidores da Sony. O censo do IBGE de 2000 indicou que cerca de 26 milhões dos 170 milhões de brasileiros recenseados no período eram evangélicos e, destes, 13,5 milhões, pentecostais. Para 2010, as estimativas do instituto são maiores, com um total de 36,5 milhões de evangélicos, sendo mais de 30 milhões pentecostais.

Mesmo sendo maioria no país, com 124,98 milhões de brasileiros, os católicos começaram a perder terreno não somente para os pentecostais, mas também para os chamados neopentecostais, membros da Igreja Universal do Reino de Deus e das tradicionais Batista, Metodista, Presbiteriana e Luterana. Nesse momento começaram a surgir figuras como o Padre Marcelo Rossi, em 1998, em uma tentativa de transformar a imagem ultrapassada que a Igreja Católica vinha apresentando.

O cantor fez sucesso, vendendo mais de três milhões de cópias com o CD “Músicas para louvar ao Senhor” (foto), álbum que encabeça a lista dos discos brasileiros mais vendidos no Brasil. O desempenho de Marcelo Rossi também estimulou o surgimento de outro artista, o Padre Fábio de Melo. O cantor conseguiu desbancar ícones nacionais e internacionais, como Chitãozinho e Xororó e Beyoncé, no ranking de 2009 da Associação Brasileira de Produtores de Discos, com o CD “Iluminar”, da gravadora Som Livre.

Bíblia para todos os gostos

Mas quando o assunto é o mercado religioso, a Bíblia ainda é o produto líder de vendas. Em 2011, a Sociedade Bíblica Brasileira (SBB) comemorou 100 milhões de impressões e lançou uma Bíblia especial para a celebração. Criada em 1948 por líderes cristãos, a organização conta hoje com vários tipos de Bíblias em seu portfólio para atender as demandas dos consumidores. Entre as opções, há Bíblias personalizadas para jovens, mulheres, crianças e até versões em braile (foto).

Os preços também variam entre a versão econômica de R$ 2,00, até publicações custando mais de R$ 100,00. “Os evangélicos também são maioria entre os compradores de Bíblias, mas nos últimos anos a importância do livro cresceu entre os católicos também. A distribuição é realizada segundo a demanda das igrejas protestantes e católicas, maior nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro”, diz Erni Seibert, Secretário de Comunicação e Ação Social da Sociedade Bíblica Brasileira, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Preocupada em difundir a leitura da Bíblia, a SBB também desenvolve programas específicos de atendimento social em diferentes situações. A organização distribui o livro após desastres naturais, como enchentes, e em regiões carentes do Nordeste e do Norte brasileiros. Na Região Amazônica, a instituição conta ainda com dois barcos para ampliar a distribuição de Bíblias. Mantendo estas iniciativas, a SBB conseguiu entregar quase seis milhões de cópias do livro sagrado entre 2009 e 2010.

Dificuldades para compreender o mercado

Mesmo com esse aspecto próspero, o setor precisa de informações detalhadas. Uma variante que interfere na busca de um conhecimento mais profundo sobre o perfil deste consumidor é a diversidade de crenças no Brasil. “Antigamente você poderia dividir o Brasil entre católicos, protestantes, judeus etc... Hoje, essa segmentação não funciona mais, porque precisamos conhecer também a qual linha religiosa dentro de cada crença o consumidor pertence para compreendê-lo melhor”, explica Mário René, professor da ESPM São Paulo e estudioso do comportamento deste mercado, em entrevista ao portal.

Para minimizar a falta de dados sobre o setor, a ESPM planeja a criação de um núcleo de estudos voltado para reunir informações especificamente sobre o assunto. Mas o professor ressalta que também se deve olhar para outras oportunidades além do setor de produtos cristãos. “Em São Paulo, por exemplo, existe a Kosher Mart, empresa que vende alimentos para judeus, grupo que possui uma série de restrições alimentares”.

Outro desafio para investir fora do segmento cristão é compreender a relação da religião com o consumo. Crenças como o Hinduísmo e o Budismo são pregadoras do desapego a bens materiais, mas existe uma grande oferta de produtos, como roupas com estampas de deuses indianos, objetos de decoração e incensos. Da mesma forma, podem ser incluidas as crenças afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé. Assim como em qualquer outros nicho de mercado, é preciso entender para qual consumidor você está produzindo e conhecer cada detalhe de seu comportamento.

fonte: Mundo do Marketing

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Qual é o presente ideal para o seu consumidor?

Gifts devem contar histórias para sair do plano tático para o estratégico
Não é nenhuma novidade ver empresas gastando pequenas fortunas para presentear clientes, colaboradores ou consumidores. Os números do mercado estão aí para provar. Apesar de ter registrado um decréscimo de 25% nos últimos dois anos por conta da crise econômica, o setor de brindes se recuperou em 2010 e cresceu 10%, faturando quase R$ 5 bilhões, segundo informações da Bríndice. O que as empresas talvez ainda não tenham percebido é a importância de transformar ações meramente táticas em estratégicas.

O gift pode – e deve – entrar no planejamento de Marketing das empresas, mas, para isso, precisa contar uma história e ser relevante no dia a dia de quem o recebe. De que adianta oferecer amostra de shampoo para quem perdeu os cabelos? Ou presentear com um vinho aquele cliente que não consome bebidas alcoólicas? Os exemplos podem parecer exagerados, mas são reais. Há marcas que simplesmente não sabem presentear.

O primeiro passo para alcançar essa relevância na vida do cliente é entender qual é o brinde mais adequado para cada situação. Mais do que oferecer um presente que estampe a marca da empresa, é importante escolher um objeto que carregue os valores e a essência da companhia. “Antes de decidir se vai dar uma caneta ou um boné, é preciso definir se o ritual de troca tem a ver com a missão, os valores da empresa e os objetivos de negócio”, explica Marina Pechlivanis, Sócia-diretora da Umbigo do Mundo e articulista do Mundo do Marketing, em entrevista ao portal.

Compre a vodka, ganhe o carro

Transformando um simples objeto em algo relevante para o consumidor, os gifts passam a ser um ponto de contato ou até mesmo de mídia, algo difícil de ser pensado no passado. A boa notícia para as empresas é que, levando em consideração que um brinde deve contar uma história, o custo para executar a ação de relacionamento não necessariamente será alto.

“O brinde não é pautado pelo tamanho ou embalagem, mas por como ele impacta a ação de Marketing. Uma promotora bem posicionada num ponto de venda que ofereça um belo sorriso ao consumidor não é um brinde?”, ressalta Gerson Christensen, Sócio-fundador da SSK Análises Mercadológicas e especialista em Marketing Promocional, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Na contramão, de acordo o perfil da marca e as metas a serem alcançadas, um brinde também pode ter um alto valor material. Quer um exemplo? Para convencer os consumidores a pagarem US$ 1,3 milhão por uma garrafa da vodka Russo-Baltique, a empresa ofereceu um carro de brinde. Levando a bebida, o cliente saía com um Dartz Prombron zero.

Gift de experiência

Mas exageros são para poucos. É possível, sim, impactar sem gastar muito, desde que haja criatividade. A rede de batatas recheadas Roasted Potato distribuiu um pendrive para investidores, prospects e franqueados que visitaram o stand da marca durante a ABF. Até aí, nenhuma novidade. Mas ideia foi original. O objeto, desenvolvido pela Umbigo do Mundo, tinha o formato de batata.

“Os brindes utilizados em ações promocionais bem feitas podem elevar o faturamento em até 30%”, acredita Luiz Roberto Salvador, Presidente da Bríndice e organizador da Promo Bríndice, em entrevista ao Mundo do Marketing. A importância crescente do gift é refletida no mercado. Depois da retomada em 2010, a expectativa é que este ano o setor cresça de 7% a 10%.

Além de um objeto, o gift também pode ser uma experiência. Não é à toa que O Melhor da Vida, marca especializada em vender experiências, tem 80% do faturamento vindo do mercado corporativo. Oferecer um voo de asadelta, um jantar especial ou um dia de spa pode ter muito mais relevância para quem recebe do que um objeto, ainda que o valor material seja mais alto, porque a boa experiência fica registrada na memória e sempre será associada à empresa que ofertou.

Quem é importante para você?

Reconhecer talentos e destacá-los também é uma boa ideia quando o assunto é relacionamento e pode ser um ótimo presente para os consumidores. Para promover o contato dos internautas com a marca, o Giraffas lançou a promoção “GiraDesafio de Quadrinhos”, em parceria com o site Habbo.

A ação convidava as crianças a criar histórias no formato de tirinhas e enviar para a rede social até o último dia 18. Como resultado, em agosto, os cinco melhores trabalhos serão escolhidos para estampar as lâminas de bandeja da rede. Baixo custo para a empresa, que já produz as lâminas, e alto valor percebido pelos pequenos consumidores, que poderão ver sua arte em cinco milhões de folhas de papel.

“Os brindes mais vendidos são bonés, canetas e camisetas, mas é um pensamento equivocado, porque muitas vezes não fazem parte do dia a dia. O objeto sozinho tem a razão de ser perdida. Ele deve mostrar como os clientes, colaboradores e consumidores são importantes para a empresa. Dicas e conteúdo, por exemplo, podem ser tão bem-vindas quanto um objeto”, diz a Sócia-diretora da Umbigo do Mundo.

fonte: Mundo do Marketing

A importância da marca numa fusão

Como o Marketing deve atuar no processo de união entre empresas
Os recentes processos de fusão vividos pelo mercado brasileiro mostram que o Marketing é fundamental na hora de gerenciar as marcas. Tomada a decisão, é preciso arrumar a casa e melhorar os processos, o que significa muito trabalho pela frente e – em alguns casos – grandes mudanças. Foi o que aconteceu com o Real, que comprado pelo Santander deixou de existir. Já o Itaú incorporou a marca Unibanco ao nome, enquanto Sadia e Perdigão deram origem a uma nova empresa, a Brasil Foods.

Recentemente, o país viu a possibilidade da formação de mais uma potência do varejo, com a união entre Carrefour e Pão de Açúcar. Independentemente do segmento de atuação ou do negócio das empresas, uma coisa é certa: é preciso definir cuidadosamente os objetivos para, aí sim, tomar decisões.

Um dos pontos principais no processo de fusão entre empresas é a valoração. Saber quanto vale a sua marca é essencial na negociação. Quando a Kraft Foods comprou a Philip Morris, por exemplo, no fim da década de 1980, ela pagou cerca de US$ 12,9 bilhões, seis vezes o valor do patrimônio da empresa, por um simples motivo: a Philip Morris era dona da Malboro, à época uma das marcas mais poderosas do mundo.

Portfólio otimizado

O caso da Kraft e da Philip Morris mostra a importância de avaliar o valor das marcas de forma estratégica e financeira. O mesmo cuidado deve ser tomado no momento de analisar as submarcas que compõem o portfólio da companhia e pensar em como será conduzida a gestão da marca mãe.

“Fizemos uma revitalização do Unibanco. Em 2005, a marca valia R$ 1,703 bilhão. Quando houve a fusão com o Itaú, o valor era de R$ 4 bilhões. O foco estava em fazer com que a marca mãe tivesse cada vez mais atributos, além de reconhecer a importância de marcas como 30 Horas e Uniclass, que foram mantidas”, explica Ana Couto, CEO da consultoria estratégica de marcas Ana Couto Branding & Design, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A reorganização do portfólio é fundamental para a garantia do sucesso da fusão. Otimizar o mix de produtos possibilita o surgimento de marcas fortes globalmente, como fazem gigantes como a Procter & Gamble e a Unilever. O caso da união entre Santander e Real é outro exemplo.

“O Santander é uma marca global que tem como diretriz ser uma marca única. O Banco Real foi comprado porque tinha uma percepção de valor muito positiva, um posicionamento claro de sustentabilidade. A transição foi demorada em função da marca comprada. Hoje, o Santander adquire atributos comuns ao Real”, ressalta Ana Couto.

Papel estratégico das marcas

O movimento do mercado mostra que a gestão da marca está cada vez mais intrínseca à gestão de negócios. O surgimento da Brasil Foods foi resultado de uma crise na Sadia, que não viu outra saída, senão se unir a Perdigão para que as empresas fossem em frente. A percepção de valor das marcas, no entanto, acabou sendo um empecilho para o negócio.

Entendendo que Sadia e Perdigão são fortes demais e podem enfraquecer a oferta para o consumidor, o CADE vem colocando uma série de “obstáculos”, como a exigência de que parte do portfólio seja vendida para construir uma concorrente, além da proibição de atuar com a marca Perdigão em alguns segmentos de mercado durante cinco anos. Decisões que penalizam as marcas, mas beneficiam o consumidor.

Fatores de regulamentação também são um grande desafio, que o diga a Nestlé e a Garoto. “Os órgãos regulatórios trabalham durante um tempo de decisão muito grande. O processo de avaliação deveria ser feito antes, dizendo se é possível ou não. Mobilizar duas empresas, fazer a fusão financeira e depois ter que voltar atrás é um custo imenso para o negócio”, acredita Ana.

Para isso, mais uma vez o Marketing deve entrar em cena. Somente a partir de uma avaliação criteriosa é possível criar a melhor estratégia para construir valor e não arranhar as marcas envolvidas, quando ocorrem imprevistos. O branding possibilita otimizar investimentos e apostar em marcas que geram valor e têm papel importante no portfólio, além de gerenciar a percepção que os stakeholders têm sobre a marca.

fonte: Mundo do Marketing

Novatas no Varejo, Nokia e Speedo buscam se aproximar dos consumidores

Estratégia adotada no Brasil pode contribuir para o aumento das vendas
Iniciar operações com lojas próprias pode contribuir para fortalecer as marcas, não somente nos pontos de venda, como também entre os parceiros no trade. A importância deste canal faz com que empresas conhecidas por comercializarem seus produtos em redes e multimarcas, como Nike, Sony, Nokia, Speedo, Hope e Havaianas, invistam em unidades próprias para ampliar o relacionamento com os consumidores e, claro, vender mais.

Um dos benefícios que as lojas próprias proporcionam às companhias é o fornecimento de insights sobre o comportamento de consumo em um curto espaço de tempo. Os pontos de venda podem ser trabalhados como verdadeiros laboratórios para o desenvolvimento de produtos e análises sobre quais modelos ou serviços agradam mais aos clientes de determinada região.

A proximidade também é outro fator relevante neste tipo de operação. “Este movimento é uma tendência. Cada vez mais, as marcas precisam estar perto dos consumidores, não somente para conhecê-los, mas também para saber o que produzir para este cliente sem ficar refém das informações do varejo”, explica Márcia Ballariny, professora de Planejamento e Comunicação da ESPM-RJ, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Speedo tem produtos exclusivos para suas lojas

Há 34 anos presente no Brasil, a Speedo começou a investir em lojas próprias em 2004, quando inaugurou um ponto de venda no Shopping Villa Lobos, em São Paulo. No ano de 2007, a empresa sentiu a necessidade de rejuvenescer a marca junto a seu público. Foi quando passou a reformular as suas unidades, de modo a expor ao máximo o portfólio.

Com base na análise do comportamento do consumidor, a marca começou a desenvolver produtos premium. Foi criada a categoria Life Style, com linhas de moda feminina e masculina, óculos de sol e relógios que só podem ser encontrados nas lojas da marca. A seleção e a distribuição das mercadorias é feita com base em pesquisas sobre os clientes da região. “O consumidor que frequenta as lojas da Speedo é mais exigente porque conhece a tecnologia dos produtos e acompanha o desenvolvimento deles”, diz Renato Hacker, Diretor de Marketing da Speedo, em entrevista ao portal.

Atualmente, além do Shopping Villa Lobos, a marca opera com as unidades do MorumbiShopping, reformulada em junho, uma loja conceito nos Jardin e um Outlet na fábrica da empresa, em Jundiaí. Ainda não há planos de expansão para fora de São Paulo, já que dentro do estado a companhia tem mais controle sobre a operação e pode acompanhar de perto os resultados.

Nokia planeja expansão em shopping centers

Com um planejamento de ampliação mais ambicioso, a Nokia pretende expandir a sua atuação dentro dos shopping centers do Brasil. Em agosto de 2010, a marca inaugurou a sua primeira loja própria no país, no BarraShopping, Rio de Janeiro. Atualmente, a empresa conta com duas unidades em São Paulo (shoppings Villa Lobos e Eldorado), outra no Rio de Janeiro (NorteShopping), uma na Bahia (Salvador Norte Shopping), duas em Pernambuco (shoppings Recife e Guararapes) e a maior loja da Nokia no Brasil, em Minas Gerais (BH Shopping), com 150m².

“Nosso investimento neste tipo de operação surgiu da necessidade de estar mais próximo do consumidor brasileiro. Até 2013, a meta é estar presente nos principais shoppings do país e, para isso, estamos sempre avaliando novas oportunidades no setor”, afirma Fernando Rheingantz, Diretor de Varejo da Nokia Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Além de acompanhar o setor de shoppings, outro ponto importante para a Nokia é o treinamento dos colaboradores. Ao serem contratados, os funcionários aprendem noções sobre como abordar o cliente e entender suas necessidades, além de conhecerem o portfólio de produtos da marca. Mensalmente, estes profissionais passam por uma reciclagem, com informações sobre as tendências do mercado de telefonia móvel.

Conhecimento compartilhado no varejo

Em 2008, a Sony também iniciou a operação das lojas Sony Style no Brasil para educar o consumidor e apresentar o portfólio da marca, de forma unificada. “O foco de nossa estratégia não é necessariamente gerar receita com as lojas próprias, mas sim proporcionar ao consumidor um aprendizado sobre os produtos da Sony”, explica Carlos Paschoal, Gerente de Marketing, Comunicação e Inovação no Brasil, em entrevista ao portal.

Com unidades nas cidades de Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília, a empresa compreende que a experiência e as informações sobre o comportamento dos consumidores não devem ficar restritas à companhia. Todo conhecimento sobre os perfis de consumo, tipo de abordagem e os principais questionamentos são compartilhados com os parceiros no varejo, para que a disseminação da marca seja mais efetiva.

“As lojas próprias podem colaborar também para os parceiros do trade, pois aumentam a percepção da essência e dos atributos da marca. Com o consumidor mais informado sobre os produtos das empresas, as vendas crescem não somente nos pontos de venda da marca, mas também no varejo próximo”, reforça a professora da ESPM.

Lojas são pontos de encontro

Explorar a experiência entre os consumidores e as marcas além da compra é uma oportunidade para estreitar o relacionamento. Acompanhando o calendário esportivo, a Speedo oferece aos clientes a possibilidade de se escrever para competições como maratonas e triatlons nas lojas da marca. Atletas patrocinados pela Speedo, como o nadador Nicholas Santos, também são convidados a participar em eventos nos pontos de venda.

Já a Nokia promoveu um campeonato do popular jogo de smartphones Angry Birds em suas unidades. O torneio, baseado em outra ação semelhante da marca na Finlândia, reuniu sete mil inscritos nas Nokia Stores do Brasil e premiou o vencedor com um aparelho Nokia N8, um XBOX 360 e uma poltrona X II Rocker, criada especialmente para aficcionados por games.
Para a Sony, os lançamentos de produtos são outra oportunidade para se relacionar com os consumidores. Quando alguma novidade chega às lojas Sony Style, a empresa convida alguns clientes para um coquetel, em que eles podem degustar os produtos e conhecer mais sobre os serviços da empresa.

fonte: Mundo do Marketing

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O que um vendedor de imóvel nunca diz ao comprador

Achei muito bom esse texto, onde muitos profissionais de vendas pensam somente no lucro imediato e jamais pensam no futuro.
segue o texto, boa leitura a todos
------------ Sidney de Castro

Compra de apartamento na planta pode esconder despesas elevadas que só serão notadas meses ou anos após a assinatura do contrato

Imóvel na planta: é preciso conhecer as regras para fazer as contas corretas

São Paulo - O roteiro a seguir é de um filme bastante assistido por compradores de imóveis. O consumidor vai ao estande onde está sendo lançado um empreendimento imobiliário. Há várias atrações gratuitas: comida e bebida, um show com algum artista famoso e possivelmente até um sobrevoo de helicóptero pelo bairro. No centro do picadeiro, há um apartamento generosamente decorado por algum arquiteto famoso que transforma em realidade o imóvel que só ficará pronto dentro de três anos. O lindo apartamento de 45 metros quadrados de área útil custa 450.000 reais. O preço assusta muita gente, mas, após alguns minutos de conversa com o corretor, o sonho não parece impossível.

O vendedor diz que pelos próximos três anos o consumidor pagará parcelas mensais de 2.000 reais. Na entrega das chaves, será necessário desembolsar mais 28.000 reais. O pagamento antecipado, portanto, somará 100.000 reais – sacrificante para muitas famílias, mas vantajoso diante da realização do sonho da casa própria. O corretor então lembra que, dos 350.000 reais que ainda restam, 80.000 reais poderão ser abatidos com o uso do FGTS do comprador no momento da entrega da escritura e das chaves. Os demais 270.000 reais serão financiados por um empréstimo bancário com prazo de amortização de 20 anos e uma taxa de juros efetiva de 11% ao ano pela tabela Price. Cada prestação é estimada em 2.700 reais. O vendedor lembra que o valor das parcelas mensais é parecido com o que o comprador paga de aluguel. O negócio parece mesmo interessante.

No entanto, Marcelo Tapai, da Tapai Advogados, um escritório que se especializou em ações judiciais contra incorporadoras, explica que esse roteiro não passa de ficção. O comprador vai descobrir logo que qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência. O primeiro choque será dado pelo INCC, o índice de inflação do setor da construção civil, que serve para corrigir contratos de compra de imóveis na planta. A cada mês, o INCC vai incidir sobre todo o saldo devedor do comprador. Se o INCC ficar em 1% logo no primeiro mês, a dívida será acrescida em 4.500 reais. Para quem acha que a estimativa de INCC de 1% é muito alta, é importante lembrar que apenas no último mês de maio o indicador alcançou 2,94%. É possível, portanto, que os pagamentos de 2.000 reais mensais não sejam suficientes nem para compensar o INCC e que, ao final de três anos, a dívida do comprador seja superior ao débito inicial.

Ainda crente de que fez um bom negócio porque os imóveis estão se valorizando muito rápido, o cliente pagará todas as prestações previstas. Na data estipulada em contrato para a entrega das chaves, no entanto, a incorporadora poderá não entregá-lo. A escassez generalizada de equipamentos e de mão de obra tem atrasado a entrega de boa parte dos empreendimentos lançados no Rio de Janeiro e em São Paulo. Cientes disso, as incorporadora incluem na maioria dos contratos uma cláusula que estabelece que não é devida indenização ao cliente em caso de atrasos de até 180 dias na entrega do imóvel. Nesse período, o consumidor terá sua dívida corrigida mensalmente pelo INCC. Além disso, mesmo não tendo cumprido sua parte no acordo, a incorporadora vai cobrar a parcela das chaves de 28.000 reais porque o contrato especifica aquela data.

Outra possível fonte de estresse para o comprador ocorrerá quando a obra obtiver a certidão do habite-se, que atesta que o empreendimento atende as exigências da legislação municipal. Nessa data, a incorporadora poderá trocar o índice de correção do contrato do INCC pelo IGP-M. Até aí, não há muita diferença. O problema é que sobre o saldo devedor também serão cobrados juros de 12% ao ano – contra a taxa zero usada até então. Para transferir a dívida para um banco e conseguir juros mais amigáveis, o comprador precisará estar com as chaves e a escritura em mãos. Isso costuma ocorrer três meses após a concessão do habite-se. Segundo Tapai, no entanto, há casos em que a certidão vem um ano antes da entrega das chaves – para desespero do comprador.

fonte: Portal Exame

terça-feira, 21 de junho de 2011

Será que estudar vale a pena?

Hoje em dia sempre me pergunto, será que estudar vale a pena?
Na minha concepção vale muito a pena, mais parece que para o mercado e a mídia e ao contrário, vemos atrizes na TV que nunca estudaram e tem trabalho garantido, apenas porque apareceram em algum lugar, ou seja, BBB e A Fazenda, ou seja, não tem talento nenhum, em contrapartida, muitos estudam e não recebem oportunidade.

No mercado de trabalho ocorre a mesma coisa, empresas não acreditam que profissionais formados em Marketing, Finanças, Administração, TI e etc, podem trabalhar em outras áreas, temos casos de sucesso em diversas profissões, Roberto Justus é formado em Administração de Empresas e atua na área de Publicidade e Propaganda, William Bonner é formado em Publicidade e Propaganda e atua na área de Jornalismo, pena que as empresas não pensam em investir em profissionais com esse perfil, hoje o mercado enxerga o profissional apenas naquilo que ele está formado, mesmo enxergando dessa forma, muitos não são valorizados em suas profissões e não recebem oportunidade por não terem experiência, as vezes o profissional que não possui experiência, possui conhecimentos que podem ser agregados a empresa, em outros casos, profissionais que possuem experiência e não possuem curso superior, trazem vicios de outras empresas.
Finalizando o raciocínio
Será que vale a pena estudar para não ter uma oportunidade?

Sidney de Castro
http://www.twitter.com/sidney_oc

Marketing Olfativo se estabelece como alavanca de vendas

Marcas vêem oportunidade para impactar consumidor de forma diferente e obter receita extra
O Marketing Olfativo tem se ampliado e amadurecido no Brasil. A criação de identidades para as marcas a partir dos cheiros tem sido tão bem sucedida que, em alguns casos, os consumidores chegam a querer levar os aromas dos pontos venda para suas casas. A oportunidade foi percebida por empresas como Equus e Any Any, que ampliaram suas linhas e criaram um elo com os consumidores fora das lojas a partir de produtos que carregam a essência das marcas.

Ações pontuais também são uma forma efetiva de aplicar o Marketing Olfativo. Em datas comemorativas, a ferramenta pode atrair o consumidor e potencializar as vendas. Esta foi a estratégia utilizada na última Páscoa pelas redes de supermercados Nacional e Mercadorama, do Walmart, presentes nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul.

As empresas aromatizaram as gôndolas com cheiro de chocolate, entre os dias 6 de março e 24 de abril. Na mensuração dos resultados, a companhia contabilizou um aumento de 30% no faturamento em comparação ao mesmo período de 2010. A utilização do conceito por si só não é determinante para o desempenho das vendas, mas pode contribuir.

“O Marketing Olfativo é um adicional para promover uma experiência diferenciada. A expansão das vendas fez parte de uma estratégia maior, em que a aromatização estava inserida”, afirma Sandra Valenga, Gerente de Marketing do Nacional e Mercadorama, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Shoppings devem saber administrar conceito

O shopping Granja Vianna também realizou uma ação pontual, no Dia das Mães deste ano, usando o Marketing Olfativo. Nas compras a partir de R$ 400,00, os consumidores puderam trocar suas notas fiscais por kits de aromatização para ambientes e veículos com o perfume do shopping. A estratégia pretendia criar um vínculo emocional entre o estabelecimento, inaugurado em dezembro de 2010, e os clientes.

Além de tentar promover uma identidade olfativa, os shoppings têm o desafio de administrar o espaço ocupado pelas lojas e seus respectivos aromas, sem que o consumidor passe por uma confusão de perfumes e permitindo que cada marca tenha seu terrítório respeitado. Não há critérios que regulem este processo, mas é possível que as marcas convivam em harmonia, sem prejudicar uma a imagem da outra. O ideal é que os pontos de venda tenham cheiros próximos da temática de cada empreendimento.

“Todo shopping é construído sob um conceito para atingir um público. Isso leva em conta a seleção das lojas e marcas que farão parte do estabelecimento e poderão utilizar fragrâncias da mesma família, compondo um conjunto maior. No caso do Granja Vianna, como um shopping verde, buscamos notas florais”, explica Andre Svartman, Gerente de Marketing do shopping Granja Viana ao Mundo do Marketing.

Fatores que implicam na construção da identidade olfativa

O processo de Branding Olfativo envolve etapas que estudam o conceito das marcas, cores usadas nos logotipos, visão e missão das empresas, objetivos a serem alcançados e até variações geográficas. Marcas com presença expressiva no litoral, por exemplo, buscam criar aromas que lembram o mar, enquanto empresas do interior do Brasil procuram por essências que lembrem o campo, como flores. Isso não é uma regra, mas um dos critérios de identificação.

Os objetivos também são fundamentais para a criação da identidade visual. Há certos cheiros que atuam como estimulantes, na maioria das vezes ligados à comida, como de café, chocolate e pão. Associar estes aromas aos produtos é contribui para o processo de decisão de compra. As possibilidades de aplicação do Marketing Olfativo é outra vantagem para as empresas.

“Apesar de o conceito ter um apelo para a moda, ele pode ser explorado em consultórios, clínicas de estética, aromatização de domicílios e produtos, como possibilidade para as empresas de ganhar uma receita adicional”, afirma Clóvis Alves, Diretor da Agência Bio

Mist, agência que trabalha com Marketing Olfativo desde 2000.

Aromatização estimula ampliação de linha

Entre as empresas que aproveitaram o sucesso do Marketing Olfativo para ampliar seus negócios estão a Any Any e a Equus. Assim como acontece com outras marcas, o interesse dos clientes pela fragrância encontrada nas lojas levou as companhias a expandirem suas linhas com cosméticos e aromatizadores que levam o cheiro dos pontos de venda para a casa dos consumidores.

A Any Any já nasceu com uma identidade olfativa, em 1994. “Em 1996, as consumidoras já manifestavam interesse em levar para casa o aroma das nossas lojas. Foi aí que enxergamos a oportunidade para criar uma linha de cosméticos da marca. Hoje, contamos com sachês decorados e difusores de ar com a fragrância da Any Any”, diz Camila Meurer, Coordenadora de Marketing da empresa especializada em underwear feminino e masculino, em entrevista ao portal.

Embora a venda destes produtos representem 6% do faturamento, o maior benefício é manter a marca na memória dos clientes. A Equus também lançou um home spray, em 2007, com o cheiro das lojas, após iniciar sua estratégia de aromatização, em 2005. Um dos fatores que podem ter estimulado os consumidores a desejar adquirir a essência é o perfume deixado nos produtos da marca de jeans.

“Ao levar o aroma da Equus para casa, permitimos ao consumidor estar em contato com a marca por mais tempo. Assim, começamos a fazer parte do dia a dia dos clientes, inconscientemente. Mesmo que o home spray represente apenas 2% das vendas, tornar a marca familiar para os consumidores é o maior benefício ao utilizar o Marketing Olfativo, explica Priscila Tesser, Gerente de Marketinga da Equus.

fonte: Mundo do Marketing

Doações podem agregar valores reais e credibilidade às marcas

Toms Shoes nasceu com a proposta de doar um par de sapatos a cada produto comprado
Doações realizadas sem critérios estratégicos, regularidade e alinhamento à marca dificilmente geram resultados efetivos para as organizações além de fortalecimento pontual de relacionamentos e geração de benefícios efêmeros para um grupo de públicos. No entanto, no campo da atitude de marca, é possível ressignificar o ato de doar, conferindo-lhe conteúdo, sincronia com o negócio e as crenças corporativas.

É o caso da norte-americana TOMS Shoes. Baseada no conceito de “um para um”, a companhia soube articular de modo raro objetivos de negócio e compartilhamento de valor social. Cada par vendido de sapatos gera uma doação de outro par para uma criança que dele necessita. Desta forma, mais do que criar um senso de contrapartida, a TOMS qualifica o consumo ao fazer valer o poder individual para transformar um contexto ainda crítico em muitas regiões do planeta.

Sua história teve início em 2006, quando Blake Mycosie viajava pela Argentina e reparou as crianças que via descalças ao longo do seu trajeto. Ao notar o impacto daquela condição, acabou por rever seus conceitos sobre bens materiais, estilo de vida e criou a TOMS Shoes. Hoje, ele intitula-se como o CSG (Chief Shoe Giver) da companhia.

Tempos depois, Blake retornou às terras portenhas com funcionários, amigos e familiares com mais de 10 mil pares resultantes da atividade comercial de sua marca. No total, a empresa doou mais de 1 milhão de pares em todo o mundo a partir de uma causa extremamente simples. Afinal, pés desprotegidos podem ser a porta de entrada para infecções e doenças prejudiciais à vida de milhares de crianças em situação de vulnerabilidade.

Ao ter uma crença objetiva, articulá-la ao cerne do seu negócio e usar tal plataforma para engajar seus consumidores, a TOMS cria uma atmosfera de marca positiva não apenas para vendas, como também para a elevação do valor que partilha socialmente e da maneira pela qual é percebida por tais pessoas.

Co-branding social

O sucesso da ação da TOMS acarretou no engajamento não apenas de consumidores, mas de outros parceiros do setor em que atua. A marca de streetwear Element criou uma edição limitada de tênis e recriou o conceito de “um para um” dentro do universo do skate. Para cada peça adquirida, outro skate era doado para uma criança de um campo de prática localizado na cidade de Durban, na África do Sul. Já com a sofisticada Ralph Lauren, foi criada uma série especial de calçados que também resultaram em doações proporcionais.

Rede de parceiros

A consistência de uma atitude de marca depende, também, dos conhecimentos aportados junto a uma rede de parceiros qualificados. No caso da TOMS, alianças junto a organizações humanitárias e sem fins lucrativos são estabelecidas para a realização de doações. Porém, essas entidades devem atender a um conjunto de critérios para atuar em parceria com a TOMS. Em primeiro lugar, as instituições devem ter visão de longo prazo em mente ao comprometerem-se em trabalhar com as mesmas comunidades de forma contínua e por vários anos. Isso inclui a doação de pares para as mesmas crianças mais de uma vez, de modo a acompanhar de perto seus respectivos desenvolvimentos.

A aliança também deve alinhar-se a metas de educação e geração de oportunidades já existentes no âmbito de tais organizações, de tal forma que sejam maximizados os impactos das doações. Além disso, elas não podem gerar efeitos socioeconômicos negativos nas comunidades beneficiadas. Quanto à finalidade das organizações parceiras, há dois critérios eliminatórios: elas devem estar aptas a receber grandes quantidades de pares para doação e, sobretudo, terem como foco ações em saúde e educação. Desta maneira, a plataforma de ação da TOMS suplanta o mero repasse material e articula-se a demandas sociais relevantes.

Abrangência territorial e envolvimento interno

O impacto de uma atitude depende da combinação entre abrangência e profundidade na geração de resultados. Atualmente, a TOMS distribui pares em 23 países, dentre os quais figuram Cambodja, Etiópia, Malaui, Peru e África do Sul.

Internamente, também há um programa de estímulo à ação social. O Shoe Drops consiste no convite a voluntários e outros públicos próximos à companhia para, durante uma semana, visitar um país beneficiado pela política de doações. Nos locais, os participantes do programa sentem de maneira concreta o benefício da iniciativa e envolvem-se afetivamente com a causa. É, em última análise, uma reprodução do mote que impulsionou o fundador, Blake Mycosie, a criar a TOMS após uma viagem que lhe proporcionou o contato material com uma necessidade tão premente.
Algumas das pessoas que retornam desta viagem acabam por abrir as próprias entidades assistenciais e a atuar diretamente junto a comunidades em condições iguais às visitadas. A TOMS também atua em parceria com estudantes, dos quais procura apreender o vigor e a abertura para inovações que visem amplificar o alcance e a longevidade deste modelo de negócio.
*Por Rodolfo Araújo. Esta reportagem foi publicada originalmente no portal Com:Atitude.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Até que enfim o futebol aprendeu a usar o Marketing

Hoje podemos ver como nunca vimos antes, no futebol brasileiro, clubes de futebol fazendo propaganda de seus atletas, clubes como Flamengo, com Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, Fluminense, com Fred, São Paulo, com Luiz Fabiano e Rivaldo, Palmeiras, com Valdivia e Kleber, Santos, com Neymar, Elano, Paulo Henrique Ganso, clubes apostando em grandes ídolos como técnicos, como o caso de Grêmio e Internacional, com Renato Gaúcho e Paulo Roberto Falcão, respectivamente.
Até que enfim o futebol brasileiro aprendeu com clubes europeus a fazer marketing e ganhar dinheiro usando a imagem de grandes atletas, tudo começou com o Corinthias, que usou muito bem e ainda usa a imagem de Ronaldo Fenômeno, trouxe também Roberto Carlos, onde o time ganhou uma visibilidade antes nunca vista, com a contratação desses 2 grandes atletas, onde mesmo pagando um alto salário, tinha o retorno garantido, pois, onde o time fosse jogar todos queriam ver o Ronaldo jogar, para contratar algum jogador, todos queriam vir para jogar ao lado de grandes astros do futebol mundial e ter assim como esses atletas, uma maior visibilidade, hoje o futebol brasileiro não deixa nada a desejar a grandes clubes da Europe, como Milan, Real Madrid, Barcelona e outros grandes times, pois também temos grandes estrelas em nossos campeonatos, pois, antes, na década de 1990, assim que algum jogador se destacava, já era imediatamente vendido para algum clube europeu, e só retornava ao Brasil em fim de carreira, como foi o caso de Raí, Cesar Sampaio, Jorginho, Márcio Santos e tantos outros.
Até que emfim o futebol aprendeu a ganhar dinheiro com Marketing, valorizando assim a grande marca que é o nome do clube.

Sidney de Castro
www.twitter.com/sidney_oc

Por favor, abra a mente

Conceitos do passado não fazem mais sentido no Marketing de hoje
Como se faz uma promoção hoje em dia? É igual há 20 anos? Certamente não. Antes disso: como nasce e como se desenvolve um planejamento estratégico em pleno século XXI? Algumas poucas coisas não mudaram, é verdade, mas muitas se transformaram e alteraram de forma avassaladora a forma como se faz Marketing. Não vou elencá-las. Para ficar apenas na seara promocional, multiplicaram-se os pontos de contato com o consumidor e as dificuldades de acessá-lo. Para chamar a sua atenção, envolvê-lo e aumentar as vendas, é necessário se reinventar.

Semana passada, uma discussão me chamou atenção. Na verdade, uma tentativa de discutir, durante o julgamento de um prêmio, sobre a essência do Marketing Promocional. Enquanto uma minoria defendia uma essência de 20 anos atrás, a maioria olhava para o presente e enxergava outras possibilidades diante de uma realidade bem diferente. É importante dizer que não há nenhum problema com a disciplina, mas sim na visão de profissionais que não olham o mundo em sua volta. O próprio julgamento dos trabalhos mostrou isso.

Pouquíssimos cases saíram do comum e chamaram atenção pela inovação, enquanto outros fizeram mais do mesmo e sequer foram considerados. Mas houve aqueles que realizaram o trabalho de casa bem feito, seguindo as regras do mercado atual, e conseguiram seus prêmios. Isso mostra como ainda há uma minoria, que infelizmente não é tão minoria assim, que pensa como se estivéssemos no século XIX. Ficou provado que as ações embasadas num modelo de 20 anos atrás não são mais suficientes para entregar os resultados exigidos em 2011 e daí para frente. O mundo mudou e o Marketing deve mudar. Simples assim.

Pensamento de vanguarda

Isso não vale apenas para o Marketing Promocional. Vale principalmente para a estratégia, para o modelo de negócio e o modelo de gestão das empresas. O Marketing de toda companhia deve representar a vanguarda de pensamentos, planos e ações. E, como sempre, deve ser holístico, perpassar toda a organização, desde a estratégia até o café servido aos visitantes.

Quem trabalha com Marketing precisa capitanear as mudanças, preparar a empresa para os novos desafios, sem ficar pensando como se o mundo fosse o mesmo da época dos dinossauros. Seria o começo do fim. Já temos muitas áreas engessadas e retrógradas dentro das empresas. O Marketing tem que ser diferente e provar que não é só um departamento que gasta dinheiro.

Quem deixa de ver as mudanças pelas quais as pessoas, o mercado e o Marketing passaram não quer enxergar a realidade e não está preocupado com o futuro do seu negócio. Ficar preso a conceitos e modelos de 10, 15, 20 anos atrás é como jogar uma ancora no meio do mar e ficar parado no tempo. Só que até o mar mudou e um tsunami pode afundar o seu barco em questão de segundos.

fonte: Mundo do Marketing

A estratégia da Ambev, Chevrolet, Trident e Fila no Skol Sensation

Festa chega à terceira edição no Brasil e é boa oportunidade para relacionamento entre as marcas e o público jovem
Oferecer uma noite inesquecível. Esta é a proposta do Skol Sensation, que chega à terceira edição em 2011. Ao lado da própria Skol, marcas como Trident, Chevrolet e Fila patrocinam o evento, com um objetivo em comum: se aproximar de um público jovem e com alto poder de consumo. Os ingressos custam pelo menos R$ 200,00 e podem chegar a R$ 1.900 para quem optar pelo pacote que dá direito a jantar na Villa Daslu e ida ao evento de helicóptero ou limosine, além de camarote exclusivo com open bar e petiscos.

Realizada em 14 países, apenas por aqui a festa Sensation recebe o naming right da cervejaria da Ambev. Este ano, a iniciativa conta ainda com o apoio da Cacau Show, que terá um ponto de venda no local e promoverá ações com brindes e degustações nas áreas vips, e da CVC, que é responsável por comercializar o Skol Sensation Weekend, pacote exclusivo que mescla hotel temático, festas pré-evento e atendimento personalizado.

“Desde a primeira edição, o Skol Sensation recebe 40 mil pessoas por ano. Os ingressos sempre esgotam. Em 2010, o espaço cresceu cerca de 20%, e este ano mais 10%, mas continuamos operando o projeto para 40 mil pessoas. A ideia é levar a noite mais fantástica para a vida dos participantes”, explica Marcelo Flores, Diretor da Playcorp, responsável pela produção do evento, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Transmissão ao vivo

De olho neste público seleto, a Skol não perdeu a oportunidade de se associar a um evento deste porte. “A Skol tem um histórico muito grande de plataformas de experiência de marca e vem trabalhando eventos de Carnaval, surf, música eletrônica. A marca Sensation tem em seu DNA a inovação, as tendências e os jovens, tudo o que queríamos trazer para a Skol”, ressalta Harry Lewis, Gerente da Plataforma Jovem de Skol, em entrevista ao portal.

A estratégia de Marketing conta com ações que vão desde filmes para TV até blitz em bares e faculdades. A marca também lançou uma lata temática Skol Sensation e fará, pela primeira vez, a transmissão ao vivo do evento. Acessando o site oficial, os internautas poderão direcionar as câmeras para onde quiser, com o próprio mouse, e acompanhar de perto a experiência da festa.

A marca também ampliou o camarote, com capacidade para mais de mil pessoas que poderão degustar o chopp Skol. Para promover o consumo responsável, cada convite vem acompanhado de um ticket de metrô para ir e voltar da festa com segurança. Outra iniciativa é a parceria com todos os estacionamentos ao redor do Anhembi, onde é realizado o Skol Sensation: quem quiser pode deixar o carro até às 16h do dia seguinte, sem custo.

Ações da Fila começam antes da festa

Passando por uma fase de reposicionamento, a Fila decidiu participar do Skol Sensation para reforçar a marca entre os consumidores. Para promover sua coleção de roupas, a empresa esportiva terá uma loja que venderá apenas peças brancas, além de um lounge personalizado onde os visitantes poderão tirar fotos.

“Quando falamos de Fila, sentimos que há um recall de marca de um público de 30 anos para cima. Estamos começando a fazer um trabalho para criar conexões com os jovens de 18 a 30 anos. Este também é o primeiro evento que participamos que não é esportivo. Queremos ter o lifestyle como diferencial, para que as pessoas usem as roupas da Fila não só em momentos de esporte”, diz Marcelo Amarante, Diretor da Fila no Brasil, ao Mundo do Marketing.

A estratégia alinhada ao Skol Sensation também permeia as ações pré-evento. A empresa, que já garantiu a presença da marca Fila por dois anos na festa, tematizou a loja conceito, na Rua Oscar Freire, que conta com vitrines decoradas e roupas brancas, o dress code do evento. No ponto de venda, os consumidores também podem comprar ingressos para a edição deste ano.

Fim de semana de Skol Sensation

No Brasil, apenas o pavilhão do Anhembi tem estrutura para receber a festa, que espera proporcionar momentos inesquecíveis a partir de ações interativas com os frequentadores. Por isso a importância da temática de cada edição. Em 2009, o mote era Tree of Love, enquanto em 2010 o tema foi The Ocean of White.

Este ano será o Mistério de Wonderland, que promete levar os visitantes a uma viagem no mundo das maravilhas. Um ponto chave para todas as edições é o dress code: quem vai ao Skol Sensation precisa estar vestido de branco. A exigência tem o objetivo de fazer com que todos se sintam integrados à festa, remete ao conceito de paz e também coloca os frequentadores como parte do jogo de luzes e tecnologia durante o evento.

O resultado do esforço para se diferenciar e surpreender? Mais de 80% dos frequentadores disseram não ter com o que comparar o Skol Sensation, segundo uma pesquisa realizada pela Playcorp. Para ampliar a experiência, uma das novidades da edição deste ano é o Skol Sensation Weekend. Durante o fim de semana, o Sheraton WTC São Paulo estará reservado para o público que comprou o pacote.

Marcas apresentam novidades no evento

Também de olho nos milhares de frequentadores que serão impactados pelas marcas durante o Skol Sensation, a Chevrolet escolheu o evento para apresentar o modelo elétrico Volt, que ainda não tem lançamento previsto para o Brasil. Será a primeira aparição do carro no país e a expectativa é atrair a atenção dos jovens, que demonstram interesse por assuntos ecologicamente corretos e são clientes em potencial.

“A estratégia é de construção de marca. Não temos expectativas de venda, queremos posicionar a Chevrolet e mantê-la desejada e respeitada entre os jovens. A ideia é mostrar as coisas legais que a Chevrolet está fazendo no mundo e conversar com este público”, conta Roger Armellini, Gerente de Marketing da Chevrolet, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Outra marca presente no Skol Sensation é a Trident, da Kraft Foods. O patrocínio à festa está alinhado ao novo posicionamento, sob o mote “Vamos rir mais”. Desde o fim de 2010, a marca está presente em eventos de música e entretenimento, como o festival Planeta Terra, também realizado na capital paulista. Agora, a Trident se associa ao Skol Sensation e também ao Rock in Rio, que será realizado em outubro, no Rio de Janeiro.

A empresa contará com um espaço para degustação do seu mais recente lançamento, o Trident Sensations, que aproveita a semelhança com o nome do evento. No stand, os consumidores poderão interagir e tirar fotos, que estarão disponíveis na fan page da marca no Facebook. A Trident levará ainda uma cabine para gravar vídeos divertidos de até 30 segundos e que está presente em ações da marca desde o Carnaval.

fonte: Mundo do Marketing

O Efeito da Propaganda sobre as mulheres

Avareza, segundo os sete pecados capitais, significa o apego ao dinheiro de forma exagerada, desejo de adquirir bens materiais e de acumular riquezas. Considerando tal definição, ouso dizer que este é o retrato de pelo menos 70% da população feminina brasileira. Não importa nem como ou onde, se é a vitrine da sua loja preferida ou não. Anunciar uma liquidação é como fazer mágica. Os cartões de crédito aparecem milagrosamente em suas mãos!
É quase uma fórmula matemática: Mulheres + Compras + Liquidação + Cartão de Crédito resultam em ingredientes perfeitos para o lucro da indústria da moda e bens de consumo. Quem nunca ouviu falar da personagem Beck Bloom? Beck Bloom é a protagonista do retrato feminino no Best seller “Os delírios de consumo de Beck Bloom”. Ela é uma jovem apaixonada pelo mundo da moda e não consegue desviar os olhos das vitrines, estejam em liquidação ou não. Seu pecado: Avareza. Sua fraqueza: Ser humana e deixar os instintos femininos dominarem seu orçamento.

Tais características representam o que Sigmund Freud definiu na psicanálise como “ID”. “ID” significa saciar as necessidades básicas do ser humano. Denominado como principio do prazer, proporciona satisfação imediata, pois está ligado ao impulso. Qual mulher nunca desejou ter um cartão sem limites para satisfazer seus desejos? O que não foi questionado é que se após comprar tudo que o limite permitir ela estará realmente satisfeita.

A partir deste ponto, a indústria de bens de consumo e moda trabalha o nosso psicológico. Chama nossa atenção com liquidações, belos figurinos expostos nas vitrines, perfeita iluminação, facilidade de crédito e anúncios de novas coleções chegando por diversos meios de comunicação.

Desta forma, atire a primeira pedra quem resistir à tamanha tentação! Somos humanas como Beck Bloom. Infelizmente, a personagem não tem um final feliz, cheia de dívidas, ela acaba leiloando seu guarda roupa, o que não é tão diferente do retrato brasileiro. Não se faz um leilão de roupas, mas sim empréstimos em cima de empréstimos ao banco e longas parcelas de financiamento apenas para saciar nosso “ID”. Loucura ou descontrole é assim que a publicidade vende. Seduzindo o universo feminino com promessas da moda, luxo e aversão ao velho.

fonte: Mundo do Marketing

Social Games atraem as marcas como meio de interação

Empresas utilizam plataforma para transmitir seus conceitos para os consumidores
Os Social Games tem atraído a atenção das marcas como oportunidade para ações de Marketing que permitem estreitar o relacionamento com os consumidores. Segundo dados da pesquisa internacional Real Games, o Brasil é o quarto mercado de gamers no mundo, com 35 milhões de usuários, que representam 76% da população ativa da internet entre 10 e 65 anos. O país fica atrás apenas da Rússia, Alemanha e Estados Unidos.

De olho neste potencial, marcas como Del Valle, Bis, Guaraná Antarctica e Surf utilizam a plataforma para chegar aos consumidores de modo diferenciado. As inserções nos Social Games como Mini Fazenda, Colheita Feliz e Café Mania são feitas para promover os produtos e explicar conceitos, usando o atrativo da questão lúdica.

Em abril de 2010, a Kraft Foods entrou no jogo Colheita Feliz, muito popular entre os usuários do Orkut, para divulgar o Mini Bis. Os jogadores receberam como presente uma semente azul e, em 48 horas, viam "nascer" uma árvore que dava como fruto o produto. A ação teve a adesão de quatro milhões de internautas, dos 20 milhões de usuários do Colheita Feliz no período.

Empresa deve entender o contexto do jogo

O conceito de Social Game surgiu na Ásia há uma década, levado para os Estados Unidos e trazido para o Brasil nos últimos dois anos. O crescimento do número de usuários está intimamente ligado ao boom das redes sociais. Segundo pesquisas realizadas pela empresa brasileira desenvolvedora de games Vostu, as opiniões dos consumidores sobre as marcas que realizam ações nos games mudam para melhor após este contato. Foi essa a intenção que a Unilever teve ao escolher a ferramenta para promover o lançamento do Surf Líquido Super Concentrado.

O produto nasceu com o mote “duas vezes mais perfume” e, para explicar este conceito, a marca realizou em maio uma ação no Colheita Feliz. A escolha do jogo está alinhada ao perfil do público-alvo do lançamento, mulheres entre 20 e 50 anos, da classe C. “Os consumidores receberam um fertilizante que era o próprio Surf. Ao ser aplicado sobre as flores, o produto permitia que elas produzissem duas vezes mais perfume. "Essa foi a maneira que encontramos para transmitir o conceito do lançamento”, afirma Yasmine Antacli, Gerente de Marketing da Surf, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Para que a iniciativa tenha sucesso, os produtos das empresas devem se inserir no contexto do jogo. Assim, é possível aumentar o grau de interação entre consumidores e marcas e um relacionamento mais natural. Planejando este tipo de contato, o Guaraná Antarctica também realizou sua primeira ação em um Social Game, o Café Mania, também do Orkut, com a participação da cantora Claudia Leitte e do ex-jogador Ronaldo.

Planejamento cuidadoso para não errar

Durante a inserção do Guaraná Antarctica no game, os consumidores deveriam recolher frutos de guaraná para fabricar os produtos do portfólio da marca, que conta com Guaraná Antarctica Zero e Guaraná Antarctica nas versões tradicional, Açaí e Ice. No total foram servidas 31 milhões de unidades de Guaraná Antarctica entre os usuários.“A ação foi utilizada para ilustrar a produção da bebida e, dessa maneira, tornar o elo entre os consumidores e a marca mais forte”, diz Sergio Esteves, Gerente de Marketing do Guaraná Antarctica, ao portal.

Outra empresa que utilizou os Social Games para se relacionar com os o seu público foi a Del Valle. A companhia entrou no jogo Mini Fazenda com o objetivo de comunicar o conceito de cuidado e carinho com a terra. A marca distribuiu no aplicativo do Orkut as “sementes do carinho”, que deveriam ser regadas com itens especiais constantemente para dar frutos em pouco tempo. Com a iniciativa, a marca da Coca-Cola pretendia transmitir uma atitude de respeito pela terra e preocupação com o meio ambiente.

Para ver resultados positivos, as marcas devem planejar com cuidado a estratégia de entrada no jogo. “As empresas precisam compreender que não podem chegar de modo invasivo neste espaço, onde quem domina é o consumidor. É necessário haver também um equilíbrio entre o conteúdo da marca e do jogo”, diz Daniel Kafie, CEO da Vostu, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Ações geram experiência emocional

As ações de Marketing dentro dos Social Games geralmente têm duração entre 24 horas e um mês. O motivo para o curto período é evitar a banalização da marca no jogo. Enquanto uma estratégia de branding deve ser mais extensa, as empresas que desejam um alto engajamento e respostas rápidas podem realizar inserções curtas.

Para impedir que o consumidor seja bombardeado de informações, as agências desenvolvedoras de games geralmente permitem a utilização de suas plataformas para apenas uma empresa por vez. Deste modo, cada marca pode interagir com os internautas sem a preocupação de outra companhia estar desviando a atenção do seu público. Essa medida também facilita a mensuração dos resultados, um desafio para as companhias.

Medir o alcance de iniciativas como esta é uma questão difícil, pois o retorno muitas vezes é intangível. Não há embolso financeiro, mas o benefício está em permanecer na memória - e no coração - dos consumidores, de maneira prazerosa, como uma lembrança de uma experiência agradável de entretenimento. Sabendo usar este novo canal de comunicação, as empresas poderão fazer parte do dia a dia dos clientes, reforçar seu posicionamento e criar um buzz favorável para as suas marcas.

fonte: Mundo do Marketing

Tim detalha ações de atitude de marca

TIM Brasil expõe sua opinião sobre as bases para sua arquitetura de patrocínios
Em recente reportagem, abordamos os riscos e procedimentos mais adequados para o momento de encerrar uma atitude de marca. Nesta entrevista, a diretora de marketing advertising da TIM Brasil, Livia Marquez Rocha, aborda a visão da empresa sobre o assunto. A executiva esclarece os critérios utilizados pela companhia na definição de um patrocínio e sinaliza os caminhos por meios dos quais a marca deseja construir percepção nos próximos anos.

Qual o critério utilizado pela empresa para a escolha de um patrocínio?

Livia Marquez Rocha: Aqui na TIM, acreditamos que a ação patrocinada deve estar em linha com os pilares da estratégia da empresa. Temos em nosso DNA premissas como inovação e “quebra de barreiras”, a comunicação sem fronteiras. Por isso, procuramos apoiar iniciativas que remetam a esse pensamento, o que ajuda a reforçar a marca e os diferenciais da empresa na mente dos consumidores. Também apostamos em ações focadas na proximidade com um público específico que queremos atingir, mas sempre privilegiando iniciativas que se relacionem com a estratégia da companhia.

Atualmente, a empresa está focada em quais tipos (áreas) de patrocínios?

Livia: Temos apoiado eventos do setor de telecomunicações, algumas iniciativas culturais e sociais, dentre outras ações. É destaque, no entanto, nosso apoio a times de futebol. Atualmente, a TIM estampa sua marca em camisas de oito clubes – Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Flamengo, Internacional, Grêmio, Bahia e Vitória – além de manter contratos que preveem o lançamento de produtos licenciados e futuros benefícios para os torcedores e para os times. O objetivo é estar cada vez mais próxima dos consumidores brasileiros por meio do futebol, considerado uma paixão nacional. Os torcedores não veem barreiras para apoiar seu time e acreditamos que podemos criar uma forte identificação desse público com a nossa marca, com o slogan “Você, Sem Fronteiras”.

Quais são os critérios para encerrar um patrocínio de maneira adequada?

Livia: Gerenciar projetos de mudança é um grande desafio. Não só porque lidamos o tempo todo com pessoas, mas, principalmente, porque é necessário apresentar algo novo, que esteja alinhado ao momento da empresa e que ocupe o espaço deixado pelo antigo projeto. O primeiro passo é identificar e formular um conjunto de medidas que justifiquem a mudança. A questão a ser respondida aqui é “por que nós precisamos mudar?”. Normalmente os motivos estão associados a uma nova cultura corporativa. No entanto, existem situações que são baseadas em fatores externos, ou seja, observa-se uma nova oportunidade que trará mais visibilidade para a empresa naquele momento, representando uma vantagem competitiva relevante. Desta forma, os parceiros envolvidos são os primeiros a saberem da decisão da empresa, de forma a evitar ruídos na comunicação. Além disso, os motivos devem ser expostos de forma honesta, para que não haja o risco de uma ação de sucesso acabar “manchada” pelo fim de uma parceria de forma brusca e pouco amigável.

Como a TIM planejou o fim do TIM Festival e outros investimentos em música?

Livia: Optamos por alocar os investimentos até então destinados ao TIM Festival em outras iniciativas, mas isso não significa que deixamos de lado o apoio à música e à cultura. Prova disso são os projetos TIM Música nas Escolas – que promovem uma cultura de paz na rede pública de educação dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais por meio do ensino da música – e Circuito Azul TIM, que levou shows das maiores duplas do sertanejo universitário para diversas cidades do interior de São Paulo e da região Centro-Oeste. Além disso, patrocinamos a última turnê do Blue Man Group – que estrelam nossas campanhas publicitárias – no Brasil e levamos o grupo ao Carnaval de Salvador deste ano para tocarem em um bloco exclusivo, o Bloco Azul TIM, com Carlinhos Brown.

Quais os riscos inerentes a esse tipo de decisão?

Livia: É preciso deixar claro que a área de entretenimento – onde a cultura está inserida – é de grande importância econômica. Diante desta realidade, acreditamos que o patrocínio cultural é uma ferramenta eficaz para difundir o nome da empresa e fortalecer o relacionamento com o nosso público. Por isso, em paralelo aos patrocínios esportivos, a TIM continua apoiando projetos de educação, música e entretenimento. Em virtude das mudanças, visivelmente presentes no âmbito mercadológico e, mais precisamente, no comportamento dos consumidores, a descontinuidade de um patrocínio é comum e pode trazer riscos à marca, sim. Mas uma empresa não pode ter medo de mudar o foco dos seus projetos. O Circuito Azul TIM é exemplo de que a operadora continua investindo em cultura que, por sua vez, tem se mostrado uma ferramenta forte e eficaz para a divulgação da marca, seja ela nacional ou local.

Como comunicar essa atitude ao mercado? Como transmitir isso ao público interno? De que forma gerenciar isso junto à propriedade patrocinada, parceiros e funcionários diretamente envolvidos?

Livia: Atualmente, salvo raras exceções, o patrocínio negociado entre as empresas e entidades está muito centrado na visibilidade de marca que a cota de patrocínio oferece, e algumas poucas alternativas de relacionamento. A visão do patrocínio da TIM vai além da visibilidade e impacto positivo para a marca, tem como objetivo a ampliação e fortalecimento do relacionamento com seus diferentes públicos. Por isso, antes de iniciar ou findar qualquer parceria, temos em mente a identificação que o consumidor criou com a nossa marca. Ao descontinuar um projeto, apresentamos propostas que visam não prejudicar a imagem da empresa, tampouco os públicos envolvidos. Comunicação, neste caso, é essencial. É preciso focar na transparência, seja qual for o público envolvido. A ideia é que o fim de uma parceria deixe boas lembranças de ações que foram um sucesso na mente dos que participaram: empresa patrocinadora, organização, público impactado, colaboradores etc.

Esta reportagem foi publicada originalmente no portal Com:Atitude.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

7 formas de persuadir um cliente a comprar

Você sabia que existem sete formas de persuadir um cliente a comprar? Todo vendedor precisa, em algum momento da venda, impactar positivamente o consumidor e persuadi-lo a comprar. Nada de empurrar produtos ou serviços ou de confundir o cliente, estou falando aqui de conquistar a confiança, de criar empatia e apresentar a ele uma solução que o influencie a adquirir seus produtos e serviços.
E como fazer isso? Após uma série de pesquisas da revista Venda Mais, foram separadas sete maneiras de persuadir. São elas:

1. Empatia – Colocar-se no lugar do cliente buscando sentir o que ele sente, pensar da forma como ele pensa e, assim, entender suas motivações internas.

2. Cativar – Encantar o cliente por meio de uma comunicação cativante, que utilize o bom humor e mexa com o imaginário dele.

3. Linguagem corporal – Ter uma postura adequada, descruzando os braços, deixando as palmas das mãos abertas, evitando a cara fechada e as risadas exageradas e demonstrando entusiasmo genuíno pelo produto ou serviço com o qual trabalha.

4. Espelhamento – Consiste em imitar algumas características verbais do cliente para estabelecer um laço com ele.

5. Conhecimento – Ninguém confia em alguém desinformado. Por isso, invista no conhecimento de seus produtos ou serviços, da empresa, do cliente, do mercado, etc.

6. Perguntar e ouvir – Bons persuasores são ótimos ouvintes e, dessa forma, extraem informações importantes de quem desejam persuadir.

7. Credibilidade e confiança – Prometa apenas o que pode cumprir, concorde com o que julgar coerente nas colocações de seu cliente e confesse um defeito seu. Isso reforça a ideia de sinceridade.

fonte: Revista Venda Mais

domingo, 5 de junho de 2011

Fico triste em ver a tv manipulando as pessoas

Vendo nesse Domingo alguns programas de tv e conversando com amigos e familiares sobre musica, tive a certeza do quanto a tv tem manipulado as pessoas, muitas bandas e musicas com qualidade induscutivel e ótimas letras que faziam "sucesso" em décadas passadas, com ótimas letras, excelentes mensagens, e que não tocavam suas musicas apelando para a sexualidade, hoje não tem mais espaço na mídia, já bandas sem nenhum talento musical e nem mesmo conteúdo em suas letras ocupam lugar de destaque na mídia, e o pior, pessoas são manipuladas a gostar desses "cantores" e "musicos", e ótimos musicos de qualidade indiscutivel estão no ostracismo.
Será que se cantores como Lady Gaga fariam sucesso em décadas passadas? muitos jovens hoje em dia acham ridículas as fotos de hippies, do Tiririca, mais se vestem igual ao Restart, qual a diferença entre eles?
Por fim, vemos como a mídia tem poder para manipular as pessoas, e como cada vez mais as pessoas estão sem opinião própria no mundo que vivemos.

Sidney de Castro
www.twitter.com/sidney_oc

Lojas sem vitrine atraem consumidores

Havaianas, Chilli Beans, Santa Lolla e Puket apostam no formato para gerar mais interatividade no ponto de venda
Uma loja sem vitrine. A princípio, é difícil de imaginar, mas esta tem sido a estratégia de marcas como Havaianas, Chilli Beans, Santa Lolla e Puket, que já nasceram com pontos de venda neste formato. Por em prática uma iniciativa como essa exige das empresas a observação de alguns cuidados, que vão desde a disposição dos produtos até o treinamento dos vendedores para proporcionar uma experiência de compra diferenciada ao consumidor.

A vitrine tradicional tem o objetivo de atrair os olhos dos clientes, seja com lançamentos, contando a história das marcas ou produtos. Algumas vezes, ela pode ser subentendida como uma barreira entre o consumidor e a loja. Por isso, há empresas que preferem trabalhar com o conceito de lojas sem vitrine para dar mais liberdade ao consumidor e facilitar o acesso aos produtos.

Com essa proposta, a Havaianas iniciou sua empreitada em 2009, quando começou a investir em franquias e lojas próprias. Atualmente, com 250 pontos de venda no Brasil e unidades em países como Estados Unidos, França e Espanha, a empresa investe em lojas com elementos do local onde o ponto de venda está inserido. Na Califórnia, por exemplo, a unidade possui design e produtos voltados para o surf.

Cores são chamarizes para consumidores

Um dos atrativos visuais que as lojas da marca oferecem são os painéis de cores montados nas paredes com as Havaianas Top. “Este modo de exposição dos produtos só pode ser montado devido ao crescimento do portfólio da marca. Há 17 anos, comercializávamos apenas um tipo de sandália e hoje contamos com mais de 80 modelos”, diz Rui Porto, Consultor de Comunicação e Mídia da Alpargatas, empresa que detém a marca Havaianas, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A Santa Lolla também utiliza alguns artifícios visuais para capturar as consumidoras nas ruas ou nos shoppings. Todas as lojas seguem um projeto fixo, porém, a cada nova coleção, são feitas alterações nas bases expositoras, que acompanham as tonalidades dos lançamentos. As prateleiras são mais baixas para favorecer o acesso aos produtos, que são dispostos em blocos de cores em degradê, semelhante ao que faz a Havaianas.

Além de usar as cores como chamariz, a marca de calçados femininos muda com frequência a exposição dos produtos, de modo que os consumidores possam visualizar todos os itens da coleção. “Toda semana colocamos produtos diferentes nas prateleiras e a cada 15 dias também alteramos o display interno da loja. Desse modo, os clientes sempre encontram novidades, sem necessariamente haver um lançamento oficial”, afirma Marcela Bussamra, Coordenadora de Marketing da Santa Lolla, em entrevista ao portal.

Estratégias para aumentar o ticket médio

Outra marca que opera de maneira parecida é a Chilli Beans. O diferencial que a empresa pretende oferecer é priorizar a experiência de compra, sem a abordagem direta do vendedor. O projeto da loja é voltado para estimular o autosserviço. Ao entrar nas lojas, os clientes devem se sentir à vontade para escolher entre os modelos de óculos e acessórios comercializados pela marca.

“Entendemos que a loja inteira deve ser uma vitrine. Não queremos simplesmente empurrar os produtos para os clientes, e por isso, treinamos os vendedores para oferecer uma consultoria de moda no ponto de venda. O consumidor precisa entrar na loja, encontrar algo a seu gosto e sair satisfeito”, afirma Denis Sullivan ao Mundo do Marketing, responsável pelos pontos de venda da Chilli Beans em Goiânia, que seguem o mesmo padrão em todo o país.

Seguindo o conceito de Fast Fashion, a cada semana, as lojas da Chilli Beans recebem 10 modelos de óculos e armações. A variedade de produtos disponíveis em pouco tempo e a liberdade dos consumidores para experimentá-los, sem o intermédio direto dos vendedores, podem gerar uma indecisão, o que acaba por beneficiar as empresas.

“Permitindo que o consumidor toque os produtos e os experimente ele pode ter dúvidas sobre qual modelo ou peça levar. Para não ficar infeliz, o cliente acaba comprando os dois, o que colabora para aumentar o ticket médio das lojas”, diz Heloísa Omine, membro do Núcleo de Varejo da ESPM e especialista em ponto de venda, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Interatividade no ponto de venda

Um dos benefícios de investir neste modelo de loja é tangibilizar a imagem mental que os consumidores têm dos produtos e também torná-los parte do ambiente. Para isso, os pontos de venda devem transmitir uma sinergia entre o conceito da marca e os itens comercializados. É pensando assim que a Puket busca criar uma atmosfera convidativa para os clientes.

Para estimular os consumidores a entrarem nas lojas, as portas são geralmente grandes, facilitando a circulação. A estrutura é pensada para comportar as cerca de duas mil opções de produtos diferentes, entre meias e roupas íntimas. Como resultado, cerca de três milhões de pessoas passam pelas mais de 90 lojas da marca a cada ano. “Antes de iniciar a experiência de venda, damos um espaço de tempo para os consumidores sentirem o clima da loja, visualizarem e tocarem os produtos” afirma Andrea Mendes, Diretora de Franquias da Puket.

A estratégia não funciona apenas na dimensão física de disposição dos itens. O desafio para as marcas está em oferecer a melhor experiência ao consumidor. No momento em que entra na loja, o cliente precisa sentir que não existe uma barreira entre ele os produtos desejados. Por outro lado, para dar mais liberdade ao visitante nos pontos de venda, é preciso orientar os vendedores sobre a abordagem mais adequada.

fonte: Mundo do Marketing

Ações de relacionamento e incentivo amadurecem no Brasil

Saiba como criar casos de sucesso como Mutiplus e KM de Vantagens
Relacionamento já não é mais novidade para o mercado brasileiro. Ao contrário do que acontecia há alguns anos, as agências não precisam mais convencer os clientes sobre a importância de ações de incentivo para a fidelização de consumidores e funcionários. Ipiranga, Multiplus, McDonalds’s, SulAmérica e LG são exemplos de empresas que já acumulam cases de sucesso nesta área.

O aquecimento do mercado também possibilita o surgimento de novos players e o fortalecimento dos já existentes. É o caso da Accentiv’Mimética, agência integradora de soluções de Marketing de Relacionamento da Edenred. O grupo é resultado da fusão entre duas companhias do setor, a brasileira Mimética e a multinacional Accentiv'.

Com a união das duas empresas, a Accentiv’Mimética conseguiu se posicionar no mercado oferecendo o que ambas tinham de melhor. “A Accentiv' tinha um foco muito forte em produtos de premiação e uma abordagem de Marketing Direto talvez um pouco mais completa que a Mimética, que tinha como um dos pontos fortes a plataforma de tecnologia. A soma veio a calhar”, diz Sérgio Marcondes (foto), Sócio-Presidente da Accentiv’Mimética, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Talentos em desenvolvimento

Uma das prioridades durante o processo de fusão foi a busca de talentos dentro das duas empresas. “Todas as respostas procuradas estavam dentro de casa. Não trouxemos nenhum profissional de fora. As atuais lideranças da empresa foram formadas aqui”, ressalta Marcondes. Com as mudanças, o número de funcionários passou de 180 para quase 300, um desafio nesta nova fase.

Concluído o processo de fusão, hoje o ambiente interno da Accentiv’Mimética é um dos pilares que vem sendo trabalhado, a partir do endormarketing e de uma ligação direta com a área de recursos humanos para desenvolver planos de carreira e incentivar aqueles que são diretamente responsáveis pelo sucesso dos projetos desenvolvidos pela companhia.

Um deles é o Km de Vantagem, da Ipiranga, lançado em 2009. Pelo programa, cada compra efetuada nos postos e franquias da rede é convertida em pontos que podem ser trocados. São mais de seis milhões de participantes, 40 parceiros – entre cinemas, livrarias, lavanderias, academias, restaurantes e lojas de aluguel de carros – e 40 mil itens disponíveis no site.

Presente Perfeito

Outro sinônimo de relacionamento e fidelização é o Multiplus Fidelidade. Também criado em 2009, pela Tam, o programa ultrapassou os limites da companhia aérea e hoje tem mais de 160 parceiros, distribuídos em 12.500 estabelecimentos, que oferecem prêmios como passagens aéreas e roteiros turísticos, combustíveis nos postos Ipiranga e Texaco, livros, CDs e DVDs na Livraria Cultural, diárias nos hotéis Accor e serviços de telefonia e banda larga da Oi.

Como o relacionamento não deve se restringir apenas aos consumidores, há também projetos que focam nos calaboradores, incentivando e reconhecendo o trabalho realizado nas empresas. É o caso da Mastercard, que oferece viagens ligadas a esportes patrocinados pela marca, como UEFA Champions League, Fórmula 1 e Copa América. Todo gerenciamento, passando pela contratação da agência de viagens que montará o pacote, a adequação de acordo com o perfil do grupo e o material de comunicação, é de responsabilidade da Accentiv’Mimética.

A parceria entre as empresas também rendeu uma novidade no setor. A agência é a primeira instituição não financeira a emitir cartões de premiação pré-pagos, o Presente Perfeito. Desde 2009, a Accentiv’Mimética atua com o Presente Perfeito em campanhas de incentivo e apenas em 2010 foram emitidos 60 mil cartões. A nova implementação deve atribuir agilidade e personalização aos clientes e a expectativa é que o volume de emissão dobre em um ano.

Clube LG

O Presente Perfeito possui duas finalidades. Pode ser descartável, é indicado para campanhas de incentivo de curto prazo, ações pontuais e promocionais, e recarregável, para projetos de médio e longo prazo. “A iniciativa mostra a intenção da Accentiv’Mimética de buscar todos os canais existentes para ter o produto mais eficiente e direcionado ao mercado de premiação. O objetivo é atrair agências e outros públicos que tenham interesse em participar, mas direcionado à area de relacionamento”, explica Guilherme Lopes (foto), Sócio-Diretor da Accentiv’Mimética, em entrevista ao portal.

Com foco em Endomarketing, a Accentiv’Mimética também desenvolve programas de relacionamento para empresas como a LG. Com o Clube LG, criado há 10 anos, é possível premiar e reconhecer a dedicação e o talento dos colaboradores. A ação é um programa perene, que conta com mais de 40 mil participantes, entre varejistas, distribuidores de informática e lojas especializadas de ar-condicionado.

Desde 2010, o Clube LG também oferece treinamentos, entretenimento, downloads e promoções para os asssociados. Até hoje foram distribuídos mais de 100 mil prêmios, como produtos LG, artigos esportivos, utilidades domésticas, brinquedos, livros, DVDs e eletrônicos.

Estímulo para produção e retenção de talentos

O McDonald’s também investe em ações para reter talentos e estreitar a comunicação com os funcionários. Com o Mc em Ação, programa anual dividido em fases, a rede impacta 38 mil profissionais, de cerca de 600 restaurantes. Em 2009, a ação foi estendida para a Argentina – sob o nome McLand – e a expectativa é que chegue ao restante da América Latina em curto prazo.

Assim como LG e McDonald’s, a SulAmérica também aposta em ações de fidelização desenvolvidas pela Accentiv’Mimética. Com a campanha de incentivo Campeões Sulamérica, a seguradora estimula a produção e contribui para a retenção de aproximadamente 13 mil corretores e assessorias e 400 funcionários das equipes de vendas.

Ao se cadastrar no site, os profissionais têm suas performances avaliadas e ganham pontos de acordo com os resultados. Os que atingem a maior pontuação em cada categoria recebem ligas (moedas da campanha) para trocar por prêmios e participar de sorteios de carros, viagens e outros eventos.

Novos desafios e tendências

Superado o desafio de convencer o mercado sobre a importância do investimento em ações de relacionamento e motivação direcionadas para todos os públicos de interesse da empresa, o setor vive um novo cenário. Os avanços tecnológicos aproximam as plataformas utilizadas pelas empresas, o que aumenta a competitivida do mercado e, consequentemente, a capacidade das agências de se diferenciar.

O crescimento da demanda por soluções para ações de incentivo também torna os recursos escassos. “As empresas estão vendo a diferença de fazer ações de comunicação mais acertivas, ao invés de propaganda de massa. A mídia tradicional tem suas vantagens, mas ações pontuais permitem medir o ROI mais facilmente e são mais baratas, o que aumenta a demanda”, explica Bruno Freixo (foto), Sócio-Diretor da Accentiv’Mimétiva, ao portal.

Para antecipar tendências e se diferenciar, a agência busca conhecimento no exterior e aproveita suas sedes fora do Brasil para fazer um intercâmbio de informações. “Acompanhamos o mercado, mas não podemos deixar a onda passar. O mobile está em alta, assim como as redes sociais. Mas as ações devem ser muito bem arquitetadas, senão geram uma imagem contrária ao esperado, já que em pouco tempo envolvem muita gente”, acredita Freixo.

fonte: Mundo do Marketing

A receita do sucesso da Cacau Show

Na empresa, a oferta para consumo próprio e para presente se baseia em um modelo de negócio que inclui a trufa de R$ 1 como produto de entrada
Se você, leitor, fizer uma degustação cega de chocolates, confundirá um produto Cacau Show com um suíço como o da Lindt? A resposta correta é sim – por exemplo, se o produto Cacau Show for o Mais Leite. É que as diferenças básicas entre chocolates europeus e brasileiros estão no uso, no Velho Mundo, de açúcar de beterraba e leite mais gordo e o Mais Leite se faz com leite importado de lá.

Por conta do nome, a Cacau Show até pode ter sido confundida com empresa de shows de samba com mulatas, mas o fato é que essa organização fundada em 1988, que hoje tem mais de mil funcionários e mil lojas, receita de R$ 400 milhões em 2010 (ou R$ 1 bilhão, se contabilizado o movimento das lojas), 96% de reconhecimento de marca e produtos sofisticados como o Mais Leite, tem uma gestão empreendedora respeitável.

A entrevista em que o fundador e presidente Alexandre Tadeu da Costa detalha isso, concedida com exclusividade à editora-executiva Adriana Salles Gomes, foi realizada com a fábrica trabalhando a toda em função da Páscoa – a empresa detém 10% do mercado de ovos de chocolate. No prédio-sede, que combina com bom gosto madeiras claras e escuras como se fossem chocolates, Tadeu da Costa detalhou seu modelo de negócio do “luxo democrático e feliz”, nos moldes do posicionamento das sandálias Havaianas, os desafios que isso impõe e seus planos de expansão, que incluem uma fazenda de cacau e uma fábrica de chocolates na Bélgica, além de outra novidade guardada a sete chaves.

Às vezes, ficamos procurando nossos Steve Jobs, Bill Gates e Mark Zuckerberg na tecnologia, mas talvez, no Brasil, eles se encontrem em outros ramos. Alexandre Tadeu da Costa fundou sua empresa aos 17 anos de idade.

Você fundou sua empresa com 17 anos? Se fosse na Califórnia do século 21, você seria o Mark Zuckerberg? [risos]

É, mas eu não era muito nerd... eu era cabeludo, guitarrista, jogador de vôlei federado. E minha família era muito humilde – meu pai, tecelão; minha mãe, vendedora porta a porta –, então, trabalho para mim era algo que tinha muito valor e, junto com criatividade e ousadia, sempre tive disciplina. Por exemplo, aos 13 anos, eu calibrava pneus num posto de gasolina às sextas-feiras – foi como comprei minha primeira bicicleta. Aos 14, quando minha mãe criou a Cacau Show, eu pegava os pedidos com as vendedoras porta a porta, passava ao fabricante e, quando vinha, punha o produto dentro da caixa, faturava etc.

Aí meus pais descontinuaram o negócio e eu, então com 17 anos, pedi que me deixassem tocá-lo. Peguei uns US$ 500 emprestados de um tio e vendi 2 mil ovos de chocolate. Aí ganhei dos meus pais um Fusca branco 1978.

Por que você fez isso? Pelo Fusca?

Também [risos]. O Fusca ajudou o negócio porque pude me movimentar melhor, comprando a matéria-prima de manhã e vendendo o chocolate detarde para as padarias. Mas o grande pulo do gato foi o que descobri quando comprei as barras para fazer os 2 mil ovos: a diferença de preço entre 1 quilo de chocolate e 1 quilo de bombom fino feito dele era de mais de 10 vezes –ou seja, o que se comprava por 10 conseguia-se vender por 100. Logo vi que era uma margem grande demais e que, se eu comprasse por 10 e vendesse por 20, ainda seria um ótimo negócio. Foi o que fiz, numa salinha 3 por 4 metros, dentro da empresa dos meus pais.

O maior pulo do gato não foram as franquias, em 2003?

As franquias nos deram visibilidade até que a marca estourou, três anos atrás. O pulo foi por acaso. Já tínhamos duas marcas em 2003: a Cacau Show, de venda porta a porta, e a Gardner, que criamos para varejo em geral, para a vendedora por catálogo não achar que havia competição direta.

Uns clientes nossos em Piracicaba, interior paulista –o casal João e Regina Caldas–, trabalhavam com ambas: ele vendia Gardner; ela, Cacau Show. Na Páscoa de 2002, compraram tanto chocolate que a família teve de sair do apartamento para a mercadoria entrar. Fui lá e propus alugarmos um local para ser a loja deles na frente e o depósito nos fundos. Sugeri que, para compensar o novo custo fixo, os filhos deles trabalhassem no negócio, como aconteceu na minha família. Estruturando isso, eu diria que tenho uma filosofia de controle de custos.

Daí nasceu a primeira loja, depois eles fizeram a segunda, a terceira, e outros distribuidores vieram... E a gente descobriu o canal três em um, que era, na mesma loja, o camarada poder vender direto ao consumidor, atender a vendedora por catálogo e ser distribuidor para o varejo.

A loja Cacau Show continua três em um?

Não. A marca Gardner foi descontinuada, pela explosão da Cacau Show. Em um único ano, 2008, abrimos quase 300 lojas; hoje são 1.040. Resolvemos focar o que nos interessa mais.

Como você explica a explosão?

Oferecemos um produto diferenciado a um preço democrático. Fizemos o artesanal em larga escala, com alta produtividade, com foco em tecnologia. Agora, também “surfamos” no crescimento de renda da sociedade.

Seu cliente é a classe ascendente?

Não rotulamos nossos clientes por classe social; eles são os apaixonados por chocolate em geral. O produto de entrada é a trufa, que custa R$ 1 ou R$ 1,80 a grande. Com ela, o cliente entende: “Com o mesmo dinheiro com que compro um bombom industrial posso comprar uma trufa dessa loja bonita, com a moça bonita me atendendo bem?”. E ele perde o medo da loja.

Explique esse medo, por favor...

Sete anos atrás, a loja Cacau Show do Shopping D, em São Paulo, não decolava e eu disse: “Põe na vitrine que tem trufa a R$ 1”. Deslanchou. As pessoas de menor poder aquisitivo viam lojas especializadas como inacessíveis; agora, essas lojas estão virando um hábito.

Como a loja Cacau Show se diferencia de concorrentes como Kopenhagen e Brasil Cacau, que veio na cola de vocês?

Nós atendemos a classe C, e também a B e a A. Temos preço competitivo, mas investimos muito em qualidade de chocolate e em design –ganhamos oito prêmios de design em 2010 e 2011. Investimos muito em marca: somos top of mind da categoria “lojas de chocolate” pelo Datafolha, com 96% de recall, até na classe A. A gente tem boa performance tanto nas lojas de periferia como nos shoppings sofisticados. Nós resolvemos o dilema dos produtos de consumo e de presente.

Que dilema é esse?

Se um chocolate é caro demais, ele é comprado só para presente, o que é um problema, porque não dá ticket médio ao lojista. O que conseguimos fazer foi:

• A classe C compra Cacau Show 65% para presente e 35% para consumo.

• A classe B compra nossos produtos com intenções meio a meio.

• A classe A compra 65% para consumo e 35% para presente.

Você tem certeza de o produto ser consumido pela classe A?

Sim, temos vários indicadores disso. Um deles é o de que vendemos, em dezembro de 2010, 2 milhões de panetones a R$ 39,90 cada um. Esse é um preço de classe A, não é?

Nessa filosofia de manter os pés nas duas canoas, a do luxo e a do popular, como as Havaianas, fazia sentido mesmo descontinuar a Gardner?

Produzimos para terceiros, como marcas próprias de supermercados, aí com o nome IBAC –Indústria Brasileira de Alimentos de Chocolate. Isso, que já é 10% do nosso negócio, faz sentido pela nossa capacidade produtiva, que agora é muito grande.

Na Casa Verde, comprando os terrenos vizinhos, cheguei a ter 5 mil metros quadrados de fábrica. Aqui em Itapevi, vizinha de São Paulo, são 40 mil metros quadrados de área construída. E dá para ampliar turnos de trabalho.

Qual é o horizonte de crescimento?

Enquanto o consumo anual de chocolate na Europa é de 12 quilos per capita, o nosso é de 2 quilos. Então, tem muito para crescer aqui, porque os brasileiros adoram chocolate.

Até no Nordeste? Reza a lenda que lá não se come chocolate...

Das 10 lojas que mais vendem no nosso sistema, 5 estão lá.

E a internacionalização? Sei que você acaba de voltar da Bélgica...

Este ano já fui três vezes para a Bélgica e irei mais. Tenho conhecido empresas lá, sim, porque queremos comprar uma este ano ainda.

Há muitas oportunidades para explorar ali. A empresa belga é muito engessada, consegue fazer só um tipo de produto: só chocolate moldado, ou só chocolate coberto, ou só chocolate centrifugado, ou só massa de chocolate. Quem chegar com a flexibilidade de saber fazer tudo terá um potencial de ganho enorme.

A gente faz desde a massa do cacau até o produto acabado em todos os tipos de tecnologia possíveis. Não temos medo da complexidade.

De onde vem tanta flexibilidade?

A criatividade nasce da escassez. Éramos pequenos, tínhamos uma máquina apenas e nenhum dinheiro, então ficávamos chamando o técnico e adaptando-a para fazer tudo o que precisávamos fazer.

A marca Cacau Show pegaria lá fora?

Não trabalharíamos uma marca Brasil lá fora, só a gestão brasileira.

Você pensa em contrair dívidas para crescer? Abrir capital? Até vender parte da Cacau Show? Sei que tem 97,5% da empresa e seu sócio 2,5%.

Eu nunca cresço me endividando; sempre reinvisto capital próprio. Meu “barato” é fazer chocolate, então eu me distanciar disso está fora de cogitação. Vejo a abertura de capital com bons olhos, principalmente para perenizar o negócio, só que traz mais complexidade. Estamos acompanhando experiências que incluem canal proprietário de franquias.

Você falou em escassez criadora... E na gestão? Quanto menos gestão, melhor?

Eu diria que o princípio é o de uma estrutura enxuta. Por exemplo, temos diretoria faz apenas um ano; não havia antes. O nome –bonito– que dou para a estrutura vir depois da receita é de uma empresa “extremamente empreendedora”. Sabe por quê? Porque, para oferecer um negócio com qualidade e bom preço, você tem de ter custos controlados. Somos uma empresa de 1,1 mil funcionários que não tem uma copeira, por exemplo. Cada um que nos visita, você inclusive, tem de pegar a própria água e trazer. Mas pensamos em contratar uma.

Como você trabalha qualidade?

Com investimento em tecnologia, rigor na escolha de matérias-primas, controle rigoroso e constante, tomando cuidados (por exemplo, abrimos outra fábrica para chocolates diet, sem açúcar, para não haver risco de mistura) e incorporando os últimos conhecimentos na área. Acompanhamos de perto a maior das novidades, que é interferir no sabor do cacau. Procuramos uma fazenda de cacau na Bahia neste momento para comprar e fazer isso. Tenho estudado muito o assunto.

A Cacau Show está verticalizando?

O objetivo principal não é verticalizar, embora isso não seja ruim em si, e sim mostrar para o consumidor nosso expertise de ponta a ponta e estar à frente nessas pesquisas com fermentação de cacau.

E o design? A apresentação?

De novo, é a criatividade que vem da escassez. Custava muito caro fazer embalagem com um estúdio de design. Então, chamei um amigo do tempo de vôlei, o Rafael, para vir fazer isso aqui. Compramos um Macintosh de segunda mão e saímos usando. Eu era dupla de criação dele, depois fiquei só num comitê que opina sobre o assunto e hoje até do comitê me expulsaram [risos]. O Rafael está há 15 anos conosco e temos até estúdio de fotografia in house.

E o design do chocolate?

Eu também fazia dupla com o chocolateiro nisso, porque viajo e trago as referências. Mas hoje sofisticamos muito o processo e temos departamentos de desenvolvimento de produtos e de inteligência competitiva.

E o branding?

Construção de marca, na minha visão, é coerência. Ano após ano, mostramos para o consumidor o que a gente é e quer ser: uma empresa com produtos de alma artesanal feitos em larga escala e com a proposta de ser feliz, alto-astral e democrática. Está no nome: temos de oferecer cacau e show, que é a experiência do consumidor –show no ponto de venda, show no design, show em produtos inovadores... Somos a empresa que mais lança chocolates novos –disparado. A gente põe no mercado 100 novos produtos por ano –uma renovação de metade do meu portfólio de 200–, enquanto a maioria lança três, se tanto.

O bacana é que a gente está passando da fase de ir atrás das tendências da Europa ou dos Estados Unidos para a de criar tendências. Tenho visto coisas fora que a gente já fez há um tempo, como ter embalagens desenhadas por artistas ou fazer sticks salgados cobertos de chocolate.

Mas como se transmite isso aos consumidores? Basta publicidade?

Não! Há o investimento de mídia –já estamos entre os 100 maiores anunciantes do Brasil– e também nas redes sociais. Há a experiência toda que acontece nas lojas e, cada vez mais, a gente melhora o departamento de treinamento. Para a motivação, eu mesmo vou para as convenções com as vendedoras –brinco que é meu momento Fábio Jr., pois beijo 2 mil mulheres em um dia.

E o Carnaval de 2010? O que foi aquilo em termos de branding, hein?!

Sabe como surgiu? Fiz um livro lindo sobre chocolate registrando uma expedição de 15 dias, em 2008, por fazendas de cacau do Nordeste, com o fotógrafo Laílson Santos, e enviei para todas as escolas de samba de São Paulo sugerindo o tema; a Rosas de Ouro comprou o projeto. E a Rosas foi a grande vencedora do Carnaval. Cacau Show é alegria, isso tinha tudo a ver conosco. Eu saí em cima do carro alegórico a 5 metros de altura, como destaque, jogando chocolate para a avenida. Foi um desfile emocionante.

Como a Alpargatas enviou Havaianas para as estrelas do Oscar... Você é um daqueles brand leaders “by the book”, Alexandre. A empresa tem a sua cara...

Nosso diretor de marketing, que veio do varejo e tem seis meses de casa, me disse isto: “Ô, cara, a marca é você, entendeu?”. Ele quis dizer que é o jeito que eu sou e vivo: sem frescura, feliz, analisando o sabor e o custo das coisas.

Não existe mais a venda porta a porta? A Nestlé está fazendo isso agora...

Praticamente não, mas foi uma distribuição importantíssima por 18 anos; foi o que pulverizou a marca.

Você não é mais dupla de criação de chocolates nem de embalagens. Qual é seu papel hoje na empresa?

Essa é uma pergunta interessante... Acho que uma das virtudes de um empreendedor é entender qual é seu papel em cada momento, porque os papéis mudam; a gente tem de saber se desapegar de um e se preparar para outro. Meu papel atual é o de inspirar e formar as pessoas. Tenho de aprender a delegar, o que não é simples, porque é dar meu filho para outro cuidar.

Dizem que o segredo para envolver as pessoas continua sendo “pão + circo”, remuneração e bom ambiente... É?

É. No ano gerencial que terminou em abril de 2011, começamos o programa “Excelência Show”, de dar bônus de até oito salários anuais para diretoria, gerência, supervisão e liderança, que é na fábrica. E temos rituais que nos unem, como o almoço de Sexta-Feira Santa, em que cozinho para todos.

*Esta reportagem foi publicada pela Revista HSM Management (br.hsmglobal.com) e agora no Mundo do Marketing por meio de parceria que os dois veículos mantêm.